quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Inimigo existe?

Inimigo existe?

A palavra “inimigo” sempre foi como um monstro para mim. Otimista de carteirinha, sempre evitei palavras como azar, inimigo, entre outras de conotação ruim, isso porque ao longo dos anos nunca achei que tinha realmente alguém que perdesse seu tempo em tentar me prejudicar.
Nunca tentei, nem quis, agradar a gregos e troianos e sabia não era assim, até porque não tenho uma personalidade submissa, gosto de um bom embate ideológico e não tenho, literalmente, papas na língua, mas daí a pensar que alguém pare de viver, que seja por alguns minutos, para perder tempo tentando prejudicar alguém já era demais para mim. Então eu seguia tranqüila, sem dar audiência para as desavenças do passado, mas tem gente que não cansa.
Porém, seguindo minha filosofia de (com o perdão do termo) cagar e andar para quem não gosta de mim, o intuito não é falar do inimigo, mas sim das estratégias para não se abater. Desde criança sempre fui muito ativa, tinha mil ideias na cabeça e não parava um minuto, até quando via desenho arrumava algo para fazer ao mesmo tempo. Na adolescência a ânsia de ganhar liberdade para fazer o que eu queria também era grande, e, apesar das rédeas curtas de um pai bastante severo, acho que tive as minhas aventuras juvenis.
Agora na idade adulta, o ritmo continua o mesmo, é como se eu fosse encaixando tarefas no meu dia a dia (na maioria das vezes coisas saudáveis ta gente) para conseguir gastar toda a energia armazenada. Agora, por exemplo, além de ser jornalista em horário comercial, sou mãe e namorada em tempo integral e resolvi voltar a estudar, estou fazendo pós-graduação. Embora as 24 horas do meu dia nem sempre sejam suficientes para eu ser uma mãe atenciosa, namorada amorosa, jornalista exemplar e estudante dedicada, adoro a correria da minha vida e sou feliz assim. Tenho uma família maravilhosa, um namorado compreensivo e bonitão, uma filha saudável e inteligente e um salário... bom... o que dizer... ah, poderia ser melhor.
E é justamente esse conjunto que talvez incomode tanto os tais inimigos que não tem objetivos próprios e ficam se agarrando em projetos alheios de tempos em tempos, sem realmente se dedicar ao que interessa, que é seu próprio crescimento profissional, espiritual e familiar.
Não sou perfeita e nem quero – é muita responsabilidade para carregar no futuro e um preço muito grande para saldar com o passado – mas gostaria que refletissem sobre a importância de não manter o foco no que é ruim, sejam pessoas ou fatos, e seguir em frente, com a cabeça cheia de sonhos e com o pé no chão, dando um passo de cada vez. Agindo assim, por mais que os inimigos tentem te abater, acabarão exaustos e não atingirão seus objetivos. Enquanto isso, você segue feliz da vida, só somando coisas boas. Enfim, como dizem os super heróis dos desenhos: "Para frente e avante!" Até mais!

Um comentário:

  1. Eu não acredito em “inimigos”, mas que eles existem, ah! Existem!
    Ana Beatriz Barbosa Silva, em seu livro - Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado – relata sobre pessoas frias, manipuladoras, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa, verdadeiros "predadores sociais"! Não estamos falando de assassinos, pois esses são a minoria! Na verdade, são indivíduos “comuns” que cruzamos a todo momento e em qualquer lugar.
    Seriam eles os tais?!
    Temos que compartilhar nossas vidas com as criaturas e suas adversidades, às vezes, repugnantes. Um mal necessário, talvez, visto que a inquietude estimula a capacidade de aguçar os sentidos humanos.
    Há uma dificuldade em identificarmos os seres nocivos à nossa sobrevivência, afinal, pela forma despretensiosa de entender a vida, tornamo-nos possíveis presas atacadas por impiedosos e famintos pela desgraça alheia. Entretanto, na saga vital sobressai aquele com melhor percepção: o que identifica; compreende; e neutraliza. Realmente, uma tática belicosa! Não dá para ser ingênuo, o campo de batalha são para os audazes: lei do mundo animal!
    Por outro lado, a sensação de estarmos sempre em alerta, pode-nos causar uma sensação de temor e direcionarmos a uma patologia, qualquer, da mente, motivo pelo qual é necessário cautela em nossas preocupações com aqueles que ameaçam a convivência pacífica entre os seres, sob pena de, até, transformar em um transgressor em nome da paz.
    Mas qual o segredo? Eis a questão!
    Sendo tais comportamentos intrínseco do ser humano, talvez, nunca seja de fato erradicado de nosso convívio, entretanto, quem sabe, o estímulo no seio familiar, estendendo-se por simpatia a outros segmentos da sociedade, de um pouco mais amor em sua concepção mais profunda: a de tolerância; carinho; pureza de intenções, a veracidade, a fidelidade, a modéstia, o arrependimento, a humildade, a sinceridade, o perdão, entre muitos outros atributos, tudo o que agrega condições para expurgar o mal naturalmente, pois vivemos uma confusão de valores morais, onde impera a posição social para depois considerar qualquer outro merecimento humano. Aí, realmente, ficamos a mercê da audácia daquele que milita no sentido oposto daquilo que se imagina o bem.
    Portanto, não é fácil permear entre os meandros dos infortúnios da mente humana, no entanto, essa é uma realidade da qual não podemos esquivar, ao contrário, é inevitável e por isso: eu não acredito em “inimigos”, mas que eles existem, ah! Existem!

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