segunda-feira, 30 de maio de 2011

Porrada não né!


As imagens da Polícia Militar batendo nos participantes da Caminhada pela Legalização da Maconha chocaram a todos, aos que lutaram pela tão sonhada liberdade de expressão, mas também aqueles que já nasceram no regime democrático, onde é permitido dizer o que sente ou pensa.
Não acho que uma passeata para liberar a droga seja algo de grande relevância enquanto a corrupção corre solta pelo Brasil, milhões de crianças ainda passam fome, outros milhões de pais de família estão desempregados e vivendo na miséria, enquanto o crime organizado toma conta das periferias, usando a selvageria como lei; enquanto nossas crianças já não podem mais brincar nas ruas como nós porque a violência no País não tem medida, mas enfim, a ideia não é discutir a validade ou não do movimento, mas a violência que ocorreu durante ele.
A verdade é que os policiais não gostam de maconheiros, e por mais que muitos ali não sejam usuários da kânabis sativa, ao apoiar o movimento, já são considerados maconheiros pelas autoridades da Segurança Pública do Estado. Pelo menos foi o que ficou claro durante a manifestação na Capital.
O que talvez os policiais não perceberam é que no meio dos manifestantes estavam jornalistas, devidamente identificados por seus crachás, que estavam cumprindo sua função, obedecendo a ordem dos veículos de comunicação de cobrir a passeata. Todos, sem exceção, foram vítimas do spray de pimenta e do empurra-empurra da PM. Porém, como bons profissionais que são, os jornalistas cumpriram sua missão, e mesmo com os olhos e o nariz ardendo, filmaram o abuso de poder, que foi visto por milhões de brasileiros, que compartilharam as imagens nas redes sociais, tornando o fato de conhecimento de todos.
Talvez os truculentos policiais ainda não tenham, depois de anos, se conscientizado que não vivemos mais numa ditadura, que a Imprensa está presente em todos os lugares e que tem sempre voz e responsabilidade com a notícia. Sem contar que hoje em dia, com a explosão das redes sociais e o fácil acesso aos aparelhos tecnológicos, qualquer um pode fazer um vídeo virar notícia. E se contra fatos não há argumentos, por mais que os policiais justifiquem os manifestantes que começaram o tumulto, as imagens não mentem, nem calam, elas falam por si, então, só resta pedir desculpas aos “maconheiros”.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Homenagem antiga a quem merece homenagem todos os dias


No dia das crianças, minha mãe foi minha inspiração pois por diversas vezes, ela foi minha companheira de brincadeiras, já que eu era a caçula da família. Então, nesta semana, tomo a liberdade de postar novamente o texto em questão e homenagear uma das mulheres mais importantes da minha vida, além da minha irmã, filha, cunhada e amigas, claro!

No dia 12 de outubro, encontrei na internet vários avatars do twitter com fotos de quando seus donos eram crianças e artigos referindo-se a importância de ter uma infância feliz e não perder a naturalidade quando adultos. Depois de ler várias coisas, eu parei para pensar que não é muito fácil manter a mesma intensidade, pureza e beleza da infância.
Os problemas e as desilusões que passamos ao longo dos anos com certeza endureceram um pouco nossos corações e nos tornaram pessoas não tão leves quando nos primeiros anos de vida. A maldade já toma conta de parte dos nossos corações, porque nos deparamos com ela a cada esquina. Nos estranhos que não respeitam os próximos, principalmente os idosos e as crianças (ou o dinheiro público), nos amigos que mentem e fingem (e obviamente deixam de ser amigos), no amor que trai nossa confiança, naquele familiar que já não ama mais você com o mesmo coração aberto porque não concorda com boa parte das decisões que você tomou na vida, enfim, os exemplos podem variar, mas com certeza, criamos uma casca para nos proteger de novos fatos desagradáveis.
Porém, ao analisar qual o melhor caminho a seguir depois de alguns tombos para tentar resgatar a criança interior, neste dia 12 de outubro, que também é Dia de Nossa Senhora Aparecida, a mãe de Jesus Cristo, a imagem mais jovial que vem a minha mente, a melhor representação do quanto, mesmo depois de algumas porradas, nós ainda podemos ser alegres e leves, é a da minha mãe.
Uma doméstica que sofreu com a fome na infância, com a repressão na adolescência, com o ciúme e a falta de carinho do primeiro marido, teve cinco filhos seus, e ainda assumiu um novo relacionamento (mais um desafio para dizer a verdade) com um homem rude, que tinha outros três filhos (eu era a mais nova, com menos de 2 anos), teve um filho, o pai, a mãe e irmãos levados pela morte, foi traída, teve decepções e ainda sim mantém sempre um sorriso no rosto e os braços abertos para novas pessoas, é simplesmente exemplar.
Quem a conhece, mesmo não sabendo de toda sua trajetória, fica encantado, porque ela nunca está de mau humor, tem sempre alguma novidade, é cheia de energia e vontade de viver experiências, conhecer novos lugares (aliás, o sarro da família é porque ela não precisa de convite para encarar uma nova viagem) e pessoas. Engraçado que no Dia das Crianças minha filha deixa de ser a inspiração para eu tentar me tornar uma pessoa melhor, mais leve e menos arrogante; e minha mãe assume a representação da curiosidade, leveza, generosidade, paciência, amor, e principalmente, o perdão, que preciso reativar em minha personalidade. Quem a conhece, sabe bem o que estou dizendo e com certeza concordará

terça-feira, 26 de abril de 2011

Quanto vale uma vida?


Essa foi a pergunta que o fotógrafo de um jornal regional da Baixada Santista se fez ao presenciar o linchamento de um jovem na praia. O motivo, não querer pagar uma conta de R$ 35,00 no quiosque onde teria comido e bebido na ocasião. No mesmo dia, o veículo noticiou outros três casos de linchamento no final de semana da Páscoa. Então segue a pergunta: quanto vale uma vida? Ou melhor, quanto vale a sua vida? E a de um desconhecido que não age como você gostaria? Tem menor ou maior valor do que de alguém querido?
Especialistas creditam esse excesso de violência à ausência de uma força maior que regulamentasse ou fizesse o que é certo ser cumprindo, como o Estado, por exemplo. Mas desde quanto o mundo é mundo que a vida não é sempre justa. Ao longo da nossa caminhada, cansamos de ver injustiças, cruzar com pessoas que tem o melhor (em termos materiais) sem fazer o certo ou muitas vezes, fazendo errado. Mas será que isso nos daria direito de fazer justiça com as próprias mãos? Como um grupo de pessoas pode simplesmente decidir que deve espancar em alguém e assim fazê-lo, sob uma justificativa de estar certo?
Na semana passada, um rapaz que estava se casando, entrou numa confusão que não era a dele e matou a mãe do noivo que festejava ao lado, depois seguiu para sua casa como se nada tivesse acontecido. O que move essas pessoas? Seria o desprezo pela vida alheia, pelo outro? Por mais que os especialistas, que estudam a humanidade há anos, justifiquem que a vida em sociedade e o capitalismo estejam mudando os valores, deixando as pessoas desequilibradas, é o instinto selvagem que fala mais alto nessas ocasiões.
Será que o amor e a gentileza estão esquecidos pelas pessoas? Não posso acreditar nisso. Otimista que eu sou, ainda creio num “Bom dia!” dado a alguém com um sorriso nos rosto. No “por favor” e “obrigada” na hora em que é preciso demonstrar como é bom manter contato com as pessoas, afinal de contas, não vivemos sozinhos neste mundo. Se não quisermos que somente os fortes sobrevivam após tantas guerras e lutas, precisamos exercitar o amor ao próximo e não é preciso grandes doações para isso.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Se descobrir para a vida



Você já olhou para você? Sabe do que gosta, o que quer, o que lhe dá prazer real e pleno? Com certeza muitas pessoas já se pegaram fazendo essas perguntas para si mesmo em algum momento. A correria do dia a dia, das decisões em cima do que caminho seguro, da vida cotidiana, nem sempre são baseadas no que realmente é o melhor para você. Mas como voltar a sua essência? Talvez psicólogos e terapeutas saibam como fazê-lo, mas como encontrar a resposta sozinho?
Nascemos e vivemos de acordo com o que ensinaram nossos pais, a escola, os amigos. Sabemos que temos que estudar, obedecer pai e mãe, os mais velhos, os professores, depois vamos para o mercado de trabalho, obedecer o chefe, nos apaixonamos, nem sempre pela pessoa ideal, mas pela real e disponível, enfim, vivemos. Raramente paramos para analisar se tudo o que fizemos nos faz realmente felizes.
Aí quando algo acontece, morre pai e mãe, perde-se o emprego ou o grande amor, tudo parece perder um pouco o sentido e você começa a perguntar onde exatamente foi que perdeu o fio da meada. Quando somos adolescentes, temos a liberdade e a jovialidade parece perene, os sonhos são tantos, as ilusões também, mas depois dos 30, nem tudo sai como se planejou aos 18.
Seria então hora de parar para refazer o caminho ou pelo menos o trecho desviado da vida? Aa maior dúvida talvez seria como chegar a essa descoberta? E quando você, dono de si, independente e com muitos caminhos trilhados, simplesmente descobre que a grande felicidade é ter todas as possibilidades a sua frente? Quando de repente você simplesmente se percebe feliz por ter liberdade? Se sente tão apaixonada pela vida que nenhum outro amor carnal seria suficiente? Talvez esse seja o caminho. Apaixonar-se por você, apaixonar-se pela vida e saber que, independente da sua realidade, da idade, corpo físico e inteligência, ninguém precisa se manter num caminho se não se sentir realmente feliz. A vida é cheia de possibilidades, que tal dar essa chance para vivê-las?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Como saber se acabou?




Dizer adeus nunca foi fácil, mas muitas vezes é preciso. Mas como dizer adeus para alguma coisa que você não tem certeza se acabou? Quando a estrada chega ao fim é fácil, não tem mais para onde ir, é sinal de que chegou onde queria, mas e quando ela não tem fim, mas está muito difícil percorrê-la?
Quando alguém morre, dói, mas chega uma hora em que é preciso dizer adeus, até porque não há outro caminho. Mas e quando a pessoa está ali, disponível, mas seu sorriso não se reconhece naquele rosto, o que fazer?
Normalmente, quando é um amor que acabou, o corpo dá sinais e a convivência se torna insuportável, mas e se isso não acontecer? Como saber que realmente acabou? Pior, dá para ter certeza que está pronta para recomeçar? Existe um botão ou um sinal que nos dê a resposta exata?
E quando a outra pessoa que já não te completa mais é exatamente o que você mais queria encontrar? Sabe quando a relação é boa e tem tudo para dar certo, mas não dá, acabou? OU simplesmente você que prefere o caminho mais difícil? E qual o caminho mais fácil?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ser feliz: uma escolha, uma oportunidade!



Dá para ser feliz sempre? A maioria responderá que não, às vezes os problemas no trabalho, no relacionamento amoroso, com familiares e amigos nos deixam chateados, tristes e até preocupados. Mesmo assim, com minha visão otimista, acho que dá para ser feliz sempre sim.
Quem não possui uma doença grave ou um mal irrecuperável, tem milhões de motivos para ser feliz sempre, mesmo que o dia não esteja bom e que os problemas insistam em bater na porta. Porém, acredito acima de tudo que ser feliz é uma escolha. Quem é saudável, só é infeliz se ficar apegado às coisas ruins que acontecem. Sim, tem gente que escolhe ressaltar os males e esquecer os bens que possui.
Então, reafirmo que ser feliz sempre é uma questão de escolha. Se pensarmos que os problemas, sejam em que esfera for, são passageiros e existem para nos fazer crescer como seres humanos, não há porque ser triste ou viver infeliz. Porém, existem as pessoas que adoram se fazer de coitadinhas, como se todo o resto do mundo fosse perfeito e sempre se desse bem e ela não, com a pessoa infeliz só acontecem coisas ruins, ou pior, não acontece nada. E não viver, muitas vezes pode ser pior do que ter problemas, porque quem não tem vida, não tem sequer problemas (ou “kaôs”) para resolver, ou seja, não tem nada.
Porém, quem escolhe ser feliz, parece que é feliz sempre mesmo, porque não deixa um problema lhe abater ou acabar com seu dia. Quem escolhe ser feliz, permite que a felicidade alheia lhe conforte nos momentos em que sua própria vida não está um mar de rosas. Quem quer ser feliz, busca nas menores coisas, nos momentos que até parecem insignificantes para os outros, uma razão para sorrir.
Embora pareça o conto da Poliana, acredito que ser feliz é sim uma questão de escolha, senão, não teríamos sempre por perto um amigo, parente ou colega de trabalho que está sempre sorrindo. Os mal amados pensam: “Essa pessoa é boba alegre, será que não tem problemas nunca?” Mas ao contrário do que os mal humorados gostam de enaltecer, os bem humorados gostam de destacar o que há de melhor e reservam os problemas para seus pensamentos, sem precisar transformar num desastre, afinal de contas, ser feliz é ter saúde e ser amado.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Confie nas oportunidades das relações pessoais

Coincidência, mero acaso do destino, determinação de Deus, oportunidade, são muitos os nomes utilizados para exemplificar as coisas boas (ou más) que acontecem na vida de todos os seres humanos. O que torna tudo ainda mais interessante, é que não sabemos exatamente de onde virão as surpresas, pode ser de alguém da família, do seu amor, de um amigo, colega ou simplesmente de alguém com quem tem relações profissionais.
No decorrer da nossa vida, esbarramos com variados tipos de pessoas, algumas possuem personalidades bem parecidas com as nossas, outras são completamente diferentes. De algumas nem lembramos os nomes e de outras lembramos até da gargalhada distante. Ao conhecermos alguém, muitas vezes esbarramos no nosso próprio preconceito e julgamos sem saber. Outros, nem nos damos esse trabalho, já gostamos de algum traço da sua personalidade e nos tornamos fãs (sempre mantendo uma certa distância segura por um tempo, é claro!) Mas o mais importante, é sabermos aproveitar as afinidades ou as diferenças para aprender com cada pessoa que cruza nosso caminho.
Manter o coração aberto (com ressalvas), o bom contato pessoal, com respeito as peculiaridades do indivíduo, sempre nos trará bons frutos, sejam aprendizados pessoais, sejam oportunidades de trabalho, sejam grandes e duradouras amizades. Mas para que isso aconteça, é preciso manter a alma e o coração disponíveis, sabendo escolher entre o que nos faz bem ou mal, nos livrando rapidamente dos que estão no segundo grupo.
Muitas vezes, a vida nos coloca em situações difíceis, em caminhos tortuosos, viciosos, diria, até, desanimadores, dos quais não vemos uma saída. E, na maioria das vezes, é sempre alguém que surgiu em nossa vida do nada, que nos mostra a melhor solução, uma boa oportunidade. Por isso, é preciso respeitar e tratar com igualdade todas as pessoas, desde a senhora que faz o café, até o chefe que parece ser o mais ignorante de seres vivos. Porque nunca se sabe de onde pode surgir uma boa notícia, uma frase de força, um ombro amigo, ou até mesmo aquele empréstimo tão difícil (essa parte é brincadeira!)
Porém, se as pessoas passarem por nossas vidas e não soubermos aproveitar o que elas tem de melhor e manter uma relação saudável, perdemos a chance de crescer como seres humanos, de tornarmos melhores, mais desenvolvidos, pela simples arrogância de julgar alguém inferior. Lembrem-se estamos neste mundo para nos desenvolver enquanto espíritos, pessoas e profissionais, então, não perca a oportunidade de tirar o melhor de quem está ao seu lado ou na sua frente. Boa semana a todos!