terça-feira, 26 de abril de 2011

Quanto vale uma vida?


Essa foi a pergunta que o fotógrafo de um jornal regional da Baixada Santista se fez ao presenciar o linchamento de um jovem na praia. O motivo, não querer pagar uma conta de R$ 35,00 no quiosque onde teria comido e bebido na ocasião. No mesmo dia, o veículo noticiou outros três casos de linchamento no final de semana da Páscoa. Então segue a pergunta: quanto vale uma vida? Ou melhor, quanto vale a sua vida? E a de um desconhecido que não age como você gostaria? Tem menor ou maior valor do que de alguém querido?
Especialistas creditam esse excesso de violência à ausência de uma força maior que regulamentasse ou fizesse o que é certo ser cumprindo, como o Estado, por exemplo. Mas desde quanto o mundo é mundo que a vida não é sempre justa. Ao longo da nossa caminhada, cansamos de ver injustiças, cruzar com pessoas que tem o melhor (em termos materiais) sem fazer o certo ou muitas vezes, fazendo errado. Mas será que isso nos daria direito de fazer justiça com as próprias mãos? Como um grupo de pessoas pode simplesmente decidir que deve espancar em alguém e assim fazê-lo, sob uma justificativa de estar certo?
Na semana passada, um rapaz que estava se casando, entrou numa confusão que não era a dele e matou a mãe do noivo que festejava ao lado, depois seguiu para sua casa como se nada tivesse acontecido. O que move essas pessoas? Seria o desprezo pela vida alheia, pelo outro? Por mais que os especialistas, que estudam a humanidade há anos, justifiquem que a vida em sociedade e o capitalismo estejam mudando os valores, deixando as pessoas desequilibradas, é o instinto selvagem que fala mais alto nessas ocasiões.
Será que o amor e a gentileza estão esquecidos pelas pessoas? Não posso acreditar nisso. Otimista que eu sou, ainda creio num “Bom dia!” dado a alguém com um sorriso nos rosto. No “por favor” e “obrigada” na hora em que é preciso demonstrar como é bom manter contato com as pessoas, afinal de contas, não vivemos sozinhos neste mundo. Se não quisermos que somente os fortes sobrevivam após tantas guerras e lutas, precisamos exercitar o amor ao próximo e não é preciso grandes doações para isso.

3 comentários:

  1. Ei, Carmen! Tudo bem? Através do @ajudeoreporter soube que você está à procura de mulheres que estão tentando ou conseguiram engravidar por inseminação artificial. Você já encontrou a fonte? Fazemos assessoria da Clínica Origen, maior centro de reprodução assistida da América Latina e, se você tiver interesse, podemos ajudar. Entre em contato pelo e-mail: natalia@hipertextoweb.com.br. Um abraço!

    ResponderExcluir
  2. Tenho sentido medo desta desvalorização da vida.
    Matar é comum, banal. Assassinar já não é mais habilidade apenas de ladrão, criminoso, mas de qualquer um.
    É mãe dispensando filho no cesto de lixo, é filho matando pai para ficar com dinheiro de seguro de vida...
    Tudo bem, não é de hoje, mas é medonho, tanto quanto incompreensível!
    Triste...
    Fiquei impressionado com este caso do casamento. Como é fácil arrumar confusão com outro. Como é fácil perder a paciência e utilizar-se de palavras brutas, que geram reações violentas do outro

    Essas são as desvantagens da perfeição do ser humano: pensam que devem fazer tudo, pensam que são tudo, querem tudo.

    Beijo, Carmem e dias melhores aos que amamos e a todos os outros todos!

    ResponderExcluir
  3. É Eli, é a banalização da violência mesmo, mas o pior é o indivíduo acreditar que pode decidir sobre a morte ou vida do outro e usar de extrema violência para se expressar, ou melhor, não se expressar, já que nem sabe o que é isso.
    Tem uma frase que li uma vez que me marcou muito: A violência é o sinal de que os argumentos não foram suficientes ou sequer existem!

    ResponderExcluir